O Estádio Universitário Pedro Pedrossian, o Morenão, em Campo Grande, deu mais um passo rumo à reabertura após quase três anos interditado. Uma comitiva formada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos), o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) e o secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, se reuniu nesta segunda-feira (7) com o ministro do Esporte, André Fufuca, em Brasília, para discutir a viabilização de recursos e parcerias para as obras de recuperação do espaço.
O encontro marcou um avanço nas tratativas entre o Governo de Mato Grosso do Sul, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) — administradora do estádio — e o governo federal, que poderá financiar parte da reforma emergencial para permitir o retorno gradual do público.

Reabertura parcial e projeto de PPP
O projeto apresentado prevê uma reabertura parcial do Morenão, com capacidade inicial para até 12 mil torcedores, utilizando a arquibancada coberta e áreas já consideradas seguras pelos laudos técnicos. A ideia é permitir o uso do estádio enquanto se busca uma parceria público-privada (PPP) para concluir a revitalização completa.
O ministro André Fufuca manifestou apoio à iniciativa e se comprometeu a analisar o projeto para viabilizar parte dos recursos ainda este ano. Ele também sugeriu que o modelo de PPP pode garantir “agilidade e sustentabilidade” na recuperação do estádio, reduzindo a dependência de repasses públicos a longo prazo.
“Vamos estudar o projeto com atenção e buscar uma forma de contribuir para que o Morenão volte a ser um espaço de convivência e paixão esportiva para o povo sul-mato-grossense”, declarou Fufuca.
O papel de Soraya Thronicke
A senadora Soraya Thronicke destacou que o esporte tem sido uma das prioridades do seu mandato e que já destinou mais de R$ 5 milhões em emendas parlamentares para o setor no Estado. Segundo ela, a reabertura do Morenão é simbólica e necessária para fortalecer o futebol e a cultura esportiva local.
“Desde o início do meu trabalho no Senado, tenho buscado fortalecer o esporte como ferramenta de inclusão e desenvolvimento. O esporte transforma vidas e é isso que queremos incentivar. O Morenão é um patrimônio de Mato Grosso do Sul e precisa voltar a pulsar”, afirmou Soraya.
Governo do Estado e UFMS ainda buscam consenso
O secretário Marcelo Miranda reforçou que a UFMS não tem condições financeiras de arcar sozinha com a reforma, e que a intervenção federal é essencial.
“O Morenão é o principal estádio do nosso Estado, com uma estrutura e arquitetura incríveis. Estamos em um momento de retomada do futebol, mas precisamos investir em infraestrutura esportiva para reduzir a dependência dos clubes e reaproximar a torcida dos estádios”, afirmou.
O deputado Pedro Pedrossian Neto, que vem liderando as discussões sobre a reabertura, ressaltou que o projeto deve equilibrar ambição e realidade orçamentária.
“Queremos reabrir, ainda que parcialmente, para pedalar essa bicicleta e buscar parcerias privadas. A proposta inicial é liberar a parte coberta, com capacidade para 12 mil pessoas. É um passo importante, mas precisa ser financeiramente viável”, disse o parlamentar.
Ele também relembrou que a Agesul já contratou uma empresa para definir o custo real da obra, que pode variar entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões, dependendo da complexidade da intervenção.









