A realidade do setor agrícola em Mato Grosso do Sul se transformou drasticamente, com o estado passando de exportador a comprador de milho devido a uma quebra de safra significativa de 40,52% em relação ao ciclo anterior. A produção de milho na safra 2023/2024 despencou para 8,457 milhões de toneladas, uma perda de 5,763 milhões de toneladas em comparação às 14,220 milhões de toneladas colhidas na safra 2022/2023.

Essa diminuição acentuada da produção levou o estado, que tradicionalmente se destacava pela exportação de suas colheitas, a depender da aquisição do insumo de outros estados para atender à demanda interna em crescimento. Informações recentes indicam que indústrias locais já estão se voltando para mercados externos em busca de milho, tornando essa nova dinâmica uma realidade.
O impacto econômico dessa quebra de safra é profundo, com uma estimativa de prejuízo de R$ 4,9 bilhões, refletindo a pressão sobre os preços e a viabilidade econômica dos produtores. Atualmente, o preço médio da saca de milho de 60 kg foi registrado a R$ 51,19, sinalizando a dificuldade enfrentada pelos agricultores em um cenário onde a oferta não consegue atender a demanda.
Além disso, a área plantada com milho diminuiu 10,7%, atingindo 2,102 milhões de hectares, enquanto a produtividade média caiu 33,37% em relação ao ciclo anterior. Com um futuro incerto, muitos produtores estão buscando renegociações de dívidas e elaborando planos estratégicos para se adequar a este novo contexto de mercado.
Esse cenário exige uma adaptação rápida e eficaz por parte dos produtores, que precisarão desenvolver estratégias para enfrentar as incertezas e garantir a sustentabilidade de suas atividades agrícolas nos próximos ciclos. O desafio é claro: como recuperar a posição de Mato Grosso do Sul no mercado de milho diante de um panorama tão adverso?









