Em Mato Grosso do Sul, a produção de etanol de milho na safra 2022/23 foi a segunda maior do Brasil, correspondendo a 21,91% do volume do biocombustível produzido, garantida pela Inpasa, única usina em operação no Estado. Ela tem capacidade para produzir 800 milhões de litros de etanol de milho por ano.
Segundo Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Mato Grosso do Sul produziu 0,71 milhões de metros cúbicos na safra 2022/23, diante de uma produção total de 4,38 milhões de metros cúbicos do combustível no país. A Unem (União Nacional do Etanol de Milho) estima que a safra 2023/24 atinja 1,14 milhões de metros cúbicos do biocombustível produzindo ainda pela Inpasa.
De acordo com informações do Mais Soja, a Neomille, em Maracaju, vai iniciar sua produção até o fim de 2023. Atualmente o Brasil conta com 21 usinas para a produção do biocombustível.
A agroindústria, segundo explica a Unem, representa um novo momento para o setor do agronegócio, pois agrega valor, renda, emprego e postos de trabalho. Isso diante do crescimento do etanol no Brasil, por conta do etanol de milho.
Sustentabilidade – A produção de etanol de milho surge como alternativa de combustível mais sustentável. Por isso é que a demanda tem impulsionado a instalação de novas indústrias pelo país.
Produtores de milho do Estado estão animados com o cenário pelo fato de a indústria Inpasa estar a todo vapor. Alguns já pretendem separar cerca de 20% da colheita para essa usina de etanol de milho, fator que reduzirá o frete e poderá elevar o preço do grão.
Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que para essa safra são esperados 125,5 milhões de toneladas do cereal, sendo 10,7 milhões utilizados para a fabricação do biocombustível. Para a safra 2023/24 o biocombustível gerado a partir do milho é estimado em 5,6 bilhões.
Érico Paredes, diretor-executivo da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) já afirmou que poucos lugares têm a oportunidade de o consumidor escolher um combustível que emite 90% a menos do que a gasolina. Segundo ele, o etanol de milho veio para ficar.