As articulações para as eleições de 2026 já movimentam os bastidores da política nacional e também despertam atenção em Mato Grosso do Sul. Um novo arranjo partidário envolvendo MDB, Republicanos e PSD pode mudar significativamente o cenário eleitoral no Estado e no País.
As conversas entre MDB e Republicanos para a formação de uma federação partidária estão avançadas, e fontes ligadas ao diretório nacional do MDB estimam em 90% a chance de concretização. A novidade agora é o possível ingresso do PSD na federação, o que transformaria a aliança em uma superfederação, com a maior bancada da Câmara dos Deputados e, consequentemente, o maior tempo de televisão e recursos públicos para campanhas eleitorais.
No Mato Grosso do Sul, os três partidos atualmente integram a base de apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa, mas a prioridade no momento é fortalecer as alianças com PP e PL para garantir a formação das chapas estaduais. Caso a federação com MDB, Republicanos e PSD avance, as siglas devem ganhar destaque nas articulações políticas locais.
A possível federação passa pelas mãos de lideranças nacionais influentes, como Gilberto Kassab (PSD), o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito paulistano Ricardo Nunes, ligado ao MDB de Baleia Rossi e Michel Temer. Juntas, as três legendas somam atualmente 124 deputados federais — MDB e PSD com 42 cada, e Republicanos com 40 — superando a bancada do PL, que elegeu 99 deputados em 2022.
Em Mato Grosso do Sul, a composição dos três partidos inclui o senador Nelsinho Trad (PSD) e cinco deputados estaduais: Márcio Fernandes, Júnior Mochi e Renato Câmara (MDB), Antônio Vaz (Republicanos) e Pedrossian Neto (PSD). Nenhum dos partidos possui representação federal no Estado atualmente.
Caso a federação se concretize, poderá redesenhar a correlação de forças tanto no Congresso Nacional quanto nos palanques estaduais em 2026.
