A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo (16) em Copacabana, no Rio de Janeiro, expôs sinais de enfraquecimento de sua influência política. Com um público estimado em 26 mil pessoas, o ato teve adesão abaixo das expectativas, contrastando com a mobilização massiva vista em eventos anteriores promovidos pelo ex-mandatário. O discurso, centrado na defesa de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, não conseguiu atrair a multidão esperada e acendeu alertas entre apoiadores.
Enquanto Bolsonaro enfrenta uma notória queda de popularidade, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, emerge como um dos principais nomes para liderar a direita brasileira no futuro. Desde sua eleição em 2022, Tarcísio tem se consolidado como uma figura política de peso, sendo apontado por analistas como um sucessor natural do bolsonarismo para as próximas eleições presidenciais.
Diferente do padrinho político, o governador paulista tem buscado ampliar seu apelo para além da base ideológica mais radical, adotando uma postura mais pragmática na gestão estadual. Esse posicionamento, aliado ao desgaste crescente de Bolsonaro, fortalece seu nome como uma alternativa viável dentro do campo conservador.
Com a aproximação das eleições de 2026, a movimentação dentro da extrema direita indica uma possível transição de liderança, com Tarcísio sendo preparado para assumir o protagonismo que antes pertencia a Bolsonaro. Essa mudança pode redefinir os rumos do conservadorismo no país, trazendo novos desafios e oportunidades para o cenário político nacional.