O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Jair Bolsonaro (PL) receba visitas de políticos nos próximos dias, incluindo os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do PL, Valdemar Costa Neto, além de outros parlamentares. Bolsonaro cumpre prisão preventiva em regime domiciliar, e necessita de autorização judicial para encontros.
As visitas ocorrem em um momento de divisões no campo da direita, que ainda não definiu quem será o candidato às eleições presidenciais de 2026. Bolsonaro está impedido de concorrer, e aliados tentam chegar a um consenso sobre o nome que representará o espectro conservador, cuja principal adversária deve ser a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevistas, Ciro Nogueira afirmou que os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Junior (PR) são, na sua avaliação, os principais nomes da direita para a disputa presidencial. Essas declarações irritaram o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que busca consolidar apoios de lideranças conservadoras para uma eventual candidatura própria. O União Brasil e o PP são aliados na federação União Progressista na Câmara dos Deputados.
De acordo com a decisão de Moraes, Ciro Nogueira visitará Bolsonaro em 9 de outubro, e Valdemar Costa Neto em 20 de outubro. O ministro também autorizou outras visitas de políticos e assessores do ex-presidente entre os dias 10 e 17 de outubro, incluindo senadores, deputados e integrantes da direção do PL em diferentes estados.
Além das visitas políticas, o STF permitiu que um grupo de 16 pessoas, incluindo Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, realize encontros de orações na residência de Bolsonaro no dia 8 de outubro.
O conjunto de visitas reflete a tentativa de articulação de Bolsonaro e de seus aliados no cenário eleitoral de 2026, enquanto as discussões sobre candidaturas e alianças continuam a gerar tensão entre diferentes setores da direita.









