Com o término das eleições municipais de 2024, as atenções em Mato Grosso do Sul se voltam para o pleito de 2026, quando duas cadeiras ao Senado estarão em disputa. Entre os nomes mais comentados nos bastidores políticos estão os deputados estaduais Gerson Claro (PP) e Coronel David (PL). Ambos integram o mesmo grupo político do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que já é apontado como candidato certo a uma das vagas e pode se filiar ao PL nos próximos meses.
Caso Azambuja realmente migre para o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a candidatura de Coronel David ao Senado pode se tornar mais complicada, já que dificilmente o PL lançaria uma chapa pura. Assim, a tendência é que PP e PL formem uma aliança, com uma vaga para Azambuja e outra para um indicado do PP, cenário que favoreceria Gerson Claro, desde que ele consiga conquistar o apoio da senadora Tereza Cristina, liderança forte na legenda progressista.
Embora ambos os deputados estaduais neguem que já estejam planejando suas candidaturas, o meio político em Mato Grosso do Sul vê Gerson Claro e Coronel David como nomes com perfil para o Senado, dada a experiência política de ambos. No entanto, o caminho até a oficialização das candidaturas depende de articulações internas nos partidos. Para Coronel David, uma alternativa seria trocar de legenda para viabilizar sua candidatura, algo que enfrentaria restrições devido às regras da janela partidária. Já Gerson Claro precisa consolidar seu nome como o escolhido dentro do PP, o que pode depender diretamente das decisões de Tereza Cristina, que ainda avalia os possíveis candidatos do partido.
Além de Gerson e David, outros nomes como os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) são mencionados, mas enfrentam altos índices de rejeição entre os eleitores. Vander Loubet (PT), deputado federal, aposta em uma melhora na popularidade do presidente Lula para fortalecer seu nome, enquanto o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) alimenta esperanças de concorrer, embora seu projeto dependa de apoios que podem ser inviabilizados pela presença de Azambuja na disputa.
Com dois anos até o pleito, as movimentações políticas em torno das candidaturas ao Senado devem se intensificar, marcando o início de uma disputa estratégica que promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos no estado.
