Na última quarta-feira (2), a oposição na Câmara dos Deputados formalizou um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com foco em um esquema de cobrança irregular que teria causado um rombo superior a R$ 6,3 bilhões. O requerimento conta com a adesão de 185 parlamentares, incluindo quatro deputados federais de Mato Grosso do Sul: Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL), representando metade da bancada sul-mato-grossense.
O pedido de criação da CPI, chamada de "CPI das Fraudes do INSS", foi apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), logo após a operação que identificou o esquema, que ocorreu entre os anos de 2019 e 2024. A CPI busca apurar as causas e responsabilidades pela irregularidade.
Contudo, não houve consenso entre os deputados de Mato Grosso do Sul. Os parlamentares Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT) optaram por não assinar o requerimento, refletindo um alinhamento diferente dentro da bancada sul-mato-grossense.
A maior parte das adesões vem de membros do PL, com 82 assinaturas, e do PP, partido de Luiz Ovando, que é aliado do governo. Agora, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), será responsável por decidir sobre a criação da CPI, uma medida que pode trazer à tona uma série de questionamentos sobre a gestão do INSS e a condução das ações dentro do órgão federal.