Na Câmara dos Deputados, 48 parlamentares abriram um novo pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Destes, quatro são filiados a partidos da base aliada do governo, que comandam ministérios na Esplanada do chefe do Executivo.
A solicitação foi apresentada e protocolada no último dia 6 de junho pelo deputado Sanderson (PL-RS). No texto, a justificativa se baseia na indicação do advogado particular de Lula para vaga vitalícia de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e da visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro em território brasileiro.
Sobre Maduro, os deputados afirmam que Lula “violou o princípio” de repúdio “ao terrorismo e ao racismo” ao receber o político venezuelano. Dizem ainda que o presidente brasileiro “atentou contra a segurança interna do país” porque Maduro teria ingressado “com suas aeronaves com os sistemas de rastreamento desativado”.
Os deputados chamam Maduro de “narcoterrorista” e criticaram Lula por ter afirmado que a Venezuela é “vítima de narrativa”.
Nas redes sociais, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) divulgou uma imagem que consta o nome dos 48 deputados que assinam o pedido. A maior parte deles é filiado ao Partido Liberal (PL), mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
São eles - As legendas MDB, PSD e União Brasil somam juntos oito ministérios do governo e formam a base aliada: Transportes (Renan Filho), Planejamento (Simone Tebet) e Cidades (Jader Filho) pertencem ao MDB; Agricultura (Carlos Fávaro), Pesca (André de Paula) e Minas e Energia (Alexandre Silveira), pertencem ao PSD; e Turismo (Daniela Souza Carneiro) e Comunicações (Juscelino Filho) pertencem ao União Brasil.
Os deputados da base que assinaram o texto foram: Thiago Flores (MDB-RO), Rodrigo Valadares (União-SE), Delegado Palumbo (MDB-SP) e Sargento Fahur (PSD-PR). Outras legendas presentes na lista foram o PL, o Progressistas (PP), Partido da Social Democracia Brasileira (PSCB), Republicanos, e Novo.