O Partido dos Trabalhadores (PT) de Mato Grosso do Sul enfrenta um intenso conflito interno em relação à escolha do candidato para disputar a Prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2024. O presidente regional da sigla, Vladimir Ferreira, afirmou que a deputada federal Camila Jara é o melhor nome do partido, e pretende recolocar sua pré-candidatura após ter sido definido anteriormente os pré-candidatos Giselle Marques e Zeca do PT.
A divergência no partido tem gerado tensões e debates acalorados entre os filiados, uma vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou publicamente seu apoio a Zeca do PT. Enquanto isso, o diretório regional insiste na pré-candidatura de Camila Jara, alegando que ela é o melhor nome para representar o PT na disputa pela prefeitura.
Camila Jara, deputada federal mais jovem eleita em Mato Grosso do Sul, apostou na polarização das redes na última eleição e obteve êxito, tendo sido vereadora da capital antes de se eleger para o cargo atual.
Por outro lado, Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul, possui uma ampla experiência política e o apoio de Lula, o que lhe confere uma base sólida de apoiadores e uma forte articulação dentro do partido. O presidente deixou explícito na última terça-feira em conversa por telefone, que está satisfeito com o trabalho de Zeca no apoio a agricultura familiar e sinalizou um apoio ao perguntar para o copartidário: "e aí está pronto para a campanha?".
A situação se torna ainda mais complexa com a presença de Giselle Marques como pré-candidata, o que coloca três nomes importantes do PT para disputar a indicação do partido. A disputa interna tem gerado incertezas sobre a capacidade de conciliação e unidade dentro da legenda.
As plenárias que serão realizadas nos próximos meses têm como objetivo buscar um consenso interno e decidir a candidatura que será lançada oficialmente em 2023. A expectativa é que as articulações para a pré-campanha petista já se iniciem em outubro deste ano.