sexta, 21 março 2025

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há 1 mês

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Com Lula em queda e Bolsonaro inelegível, "centrão" pode se beneficiar nas eleições de 2026

Alguns nomes despontam como alternativas, entre eles o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de MG, Romeu Zema (Novo), e até o ex- presidente da Câmara, Arthur Lira (PP)

Atualizado: há 1 mês

Redação

Com a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em queda e a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o chamado “centrão” pode ganhar ainda mais protagonismo na corrida eleitoral de 2026. O grupo, formado por partidos de centro e centro-direita que historicamente negociam apoio ao governo em troca de influência no Congresso, se posiciona como peça-chave no próximo pleito, seja lançando um candidato próprio ou se aliando a um nome competitivo.

Vácuo político e disputa pela direita

Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Jair Bolsonaro inelegível até 2030, a direita busca uma nova liderança capaz de herdar seu eleitorado. Alguns nomes despontam como alternativas, entre eles o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e até o  ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que representa os interesses do centrão no Congresso.

Sem Bolsonaro na disputa, o centrão pode optar por apoiar um desses candidatos ou, se enxergar viabilidade, lançar um nome próprio para a presidência. Além disso, o grupo já articula alianças para ampliar sua força no Legislativo, o que pode ser decisivo para definir os rumos da próxima eleição.

Desgaste de Lula e espaço para um novo nome

O governo Lula enfrenta desafios que podem impactar sua popularidade até 2026, como a pressão econômica, dificuldades no Congresso e críticas à condução da política fiscal. Segundo pesquisas recentes, a aprovação do presidente tem oscilado negativamente, o que abre espaço para um adversário competitivo.

Apesar disso, o PT ainda busca consolidar uma candidatura forte para manter o Palácio do Planalto. O próprio Lula pode tentar reverter sua queda de popularidade até a eleição ou, caso decida não disputar, o partido pode apostar em um sucessor, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ou o ex-governador da Bahia, Rui Costa.

Força no Congresso e poder de barganha

O centrão, que já tem influência decisiva no Congresso, deve ampliar seu poder independentemente do resultado da eleição presidencial. Partidos como PP, Republicanos, União Brasil e MDB continuarão sendo peças-chave para qualquer governo que se eleger, garantindo cargos estratégicos e influência na máquina pública.

Com isso, a tendência é que o grupo seja determinante tanto na eleição presidencial quanto na composição do futuro governo, seja ele de esquerda, centro ou direita. A flexibilidade ideológica do centrão, que já apoiou governos de diferentes espectros políticos, o coloca em uma posição confortável para negociar apoio e manter sua relevância no cenário político.

 

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