terça, 14 janeiro 2025

Política

07/06/2023 06:00

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Câmara confirma decisão de TSE e ex-procurador da "lava jato" perde mandato definitivamente

Em entrevista, Deltan Dallagnol afirmou deixar a Câmara dos Deputados "em paz". 

Atualizado: 07/06/2023 06:37

Redação

Por tentativa de burlar a Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2022, o deputado federal Deltan Dallagnol teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados, que confirmou nessa terça-feira (6) a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O TSE decidiu pela cassação do ex-procurador e coordenador da "lava jato" no dia 16 de maio, por unanimidade, pelo fato de ele ter pedido exoneração do cargo de procurador da República ao mesmo tempo que ainda era alvo de procedimentos para apuração de infrações disciplinares no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Para os ministros, esses processos poderiam ser punidos.

Dallagnol recorreu ao STF na semana passada para suspender a decisão que cassou seu mandato. O Supremo foi taxativo quando considerou que o parlamentar tentou burlar a Lei da Ficha Limpa para disputar as eleições, após pedir exoneração. 

Ação movida pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional) e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV)  deu início ao processo de cassação do mandato de Dallagnol. Justificativa: ele pediu exoneração do MPF enquanto estavam pendentes apurações sobre sua conduta na "lava jato".

Substituto – Recontagem de votos feita pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) apontou  que como nenhum candidato do Podemos atingiu 10% do quociente eleitoral, a vaga vai para um deputado do PL. Quem assume é Itamar Paim (PL-PR).

Em 2 de outubro de 2022, aos 42 anos, Deltan foi eleito deputado federal com 344,9 mil votos, pelo Podemos. Ele foi o deputado mais votado do estado para o cargo. Junto de Sergio Moro, que foi eleito para o Senado Federal, o objetivo da dupla era reeditar uma dobradinha lavajatista no Congresso, conforme informações do Metrópoles.

Em coletiva à imprensa, Dallagnol informou que seu mandato foi cassado “por ter colocado corruptos pela primeira vez debaixo da lei e não por sair do Ministério Público para fugir de uma punição. No entanto, afirmou deixar a Câmara dos Deputados “em paz”. 

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