O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) como parte da investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O inquérito apura a atuação de uma organização criminosa que teria agido para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, no cargo. Em reação ao indiciamento, Bolsonaro se manifestou publicamente e afirmou que aguardará a orientação de seus advogados para decidir como proceder. O ex-presidente também fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em post publicado em sua conta na rede social X, Bolsonaro disse que não tem expectativas em relação à investigação conduzida pela PF, considerando-a tendenciosa. Segundo ele, o inquérito, que segue agora para a Procuradoria-Geral da República (PGR), é fruto de uma “criatividade” excessiva por parte da equipe responsável pela investigação.
Além de Bolsonaro, outras figuras políticas e militares de destaque também foram indiciadas, incluindo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-ministro Augusto Heleno. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também está entre os indiciados. Eles são acusados de envolvimento em uma trama para desestabilizar o processo eleitoral de 2022 e impedir a posse de Lula e Alckmin.
O relatório final da investigação foi encaminhado ao STF, e o caso segue sob a análise do tribunal. A PF já havia realizado uma operação na última semana para prender membros de uma organização criminosa envolvida no planejamento de assassinatos contra o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro, ao se referir a Moraes, acusou o ministro de manipular os depoimentos e de agir fora dos limites da lei. A fala gerou repercussão no cenário político, com adversários de Bolsonaro destacando o tom agressivo e as acusações sem fundamento feitas pelo ex-presidente.
Até o momento foram 37 indiciados no inquérito, a investigação segue em andamento. (Com inf da Ag.Brasil )