sexta, 14 novembro 2025

Política

há 1 mês

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Aliados de Bolsonaro veem cerco a Eduardo se fechar e apontam deputado como 'novo Olavo de Carvalho'

Com encontro Lula-Trump, direita observa restrições nos EUA, STF e Câmara e projeta futuro de Eduardo Bolsonaro fora do Brasil

Atualizado: há 1 mês

Ricardo Prado

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que o cerco político ao deputado federal Eduardo Bolsonaro está se estreitando nos Estados Unidos, além das pressões que ele já enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Câmara dos Deputados no Brasil. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi, do G1. 

Entre os bolsonaristas ouvidos, há especulações de que o fim das sanções americanas contra ministros poderia comprometer os principais objetivos da dupla Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, limitando suas ações no cenário internacional.

Para esses aliados, Eduardo estaria se encaminhando para se tornar “um novo Olavo de Carvalho”, permanecendo nos Estados Unidos, produzindo conteúdos em vídeo e vendendo livros, diante da dificuldade de retornar ao Brasil. A comparação se dá pelo fato de Eduardo manter uma livraria virtual que comercializa obras de autores críticos ao governo, defensores do armamento civil e contrários ao socialismo.

No contexto diplomático, lideranças da direita apontam que seria preferível que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) conduzisse negociações com o presidente Donald Trump. No entanto, Tarcísio já sinalizou que há limites a serem respeitados, considerando que o governo do presidente Lula mantém contato direto com autoridades americanas.

Conselho de Ética
Enquanto aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que o cerco político a Eduardo Bolsonaro se intensifica, o deputado enfrenta novas movimentações no Conselho de Ética da Câmara. O relator do processo que pede sua cassação, deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) — aliado próximo da família Bolsonaro — votou nesta quarta-feira (8) pelo arquivamento do caso.

Eduardo é acusado de atuar contra o Brasil ao incentivar autoridades dos Estados Unidos a aplicar sanções econômicas que poderiam afetar instituições nacionais. O parecer, no entanto, ainda precisa ser analisado pelos demais integrantes do conselho, após pedido de adiamento feito por parlamentares da oposição e da base governista.

Além deste processo, o filho do ex-presidente responde a outras três representações no colegiado, que podem ser reunidas em um único procedimento. Paralelamente, ele é alvo de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de coação no curso do processo — tentativa de influenciar decisões envolvendo Jair Bolsonaro por meio de pressão internacional.

As investigações e processos no Brasil ocorrem enquanto Eduardo vive nos Estados Unidos desde o início do ano, reforçando a percepção entre seus aliados de que seu retorno ao país se torna cada vez mais difícil.

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