Vanessa Ricarte, 42 anos, jornalista, servidora pública, mulher. Mais um nome em uma estatística que não para de crescer. Horas antes de ser assassinada pelo companheiro, ela fez o que tantas vítimas de violência doméstica são orientadas a fazer: foi à delegacia, registrou um boletim de ocorrência. Mas não adiantou.
Quando voltou para casa no Bairro São Francisco, em Campo Grande, acompanhada de um amigo para buscar seus pertences, foi atacada. Três facadas no tórax. Socorro rápido, mas insuficiente. A tragédia já estava desenhada.
O que aconteceu com Vanessa não é um caso isolado. A história se repete. Mulheres denunciam, pedem ajuda, mas continuam expostas ao perigo. Medidas protetivas que não protegem, uma rede de apoio insuficiente, um sistema que reage tarde demais.
A polícia chegou rápido, o vizinho tentou intervir, mas nada disso impediu o feminicídio. O agressor, Caio Nascimento, foi preso em flagrante.