Um homem em Mato Grosso do Sul foi vítima de um golpe conhecido como “falso advogado”, resultando em um prejuízo de R$ 11,8 mil. O criminoso, se passando pelo advogado da vítima, utilizou o nome de “Doutor Guilherme”, coincidindo com o nome do verdadeiro profissional que acompanhava o processo da vítima contra uma empresa de geração de energia.
A fraude teve início quando o criminoso entrou em contato com a vítima por WhatsApp, alegando que havia boas notícias sobre o processo judicial. O golpista afirmou que o juiz havia deferido a ação e que a vítima deveria receber um valor, mas para liberar esse pagamento, algumas transações bancárias precisavam ser realizadas.
Convencido de que as orientações eram legítimas, o homem seguiu as instruções do golpista e realizou uma série de movimentações financeiras, incluindo um empréstimo, um PIX e o pagamento de um boleto, acreditando que essas ações eram necessárias para garantir o valor do processo.
Somente depois de concluir as transações, a vítima se deu conta do golpe e procurou o verdadeiro advogado, que confirmou que não havia solicitado qualquer tipo de pagamento ou movimentação financeira. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Campo Grande e foi classificado como estelionato.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso do Sul emitiu um alerta à população sobre o aumento dos golpes envolvendo advogados, reforçando que profissionais da área não solicitam pagamentos antecipados e que os clientes devem sempre confirmar informações diretamente com seus advogados antes de realizar qualquer transação financeira.
Esse golpe, que tem se tornado cada vez mais comum, é um exemplo do avanço dos crimes cibernéticos, que utilizam dados reais sobre processos judiciais e advogados para enganar as vítimas. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul reforçou a importância de desconfiar de solicitações inesperadas e de sempre buscar orientação diretamente com os profissionais envolvidos nos processos.
