Com uma posição estratégica para o tráfico internacional de drogas, Mato Grosso do Sul intensificou o monitoramento na fronteira seca com Paraguai e Bolívia. Diante de crises nos países vizinhos, o governo estadual se colocou à disposição para apoiar as operações de segurança e inteligência.
No Paraguai, a decisão de dispensar a colaboração da DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, gerou preocupação. Na Bolívia, policiais enfrentam quatro meses sem salários, ampliando o risco de vulnerabilidade na região.
Antônio Carlos Videira, secretário de Justiça e Segurança Pública de MS, afirmou que a inteligência policial do Estado está acompanhando a situação e pronta para agir, caso necessário. “Nos colocamos à disposição para colaborar, seja com policiamento na nossa fronteira, seja com suporte de inteligência”, declarou.
Embora o reforço no policiamento ainda não tenha sido implementado, a Secretaria mantém o alerta. “Estamos monitorando de perto. Se houver reflexos diretos na segurança, aumentaremos nosso efetivo. Mas é essencial que os países vizinhos também atuem de forma eficaz”, destacou o secretário.
A fronteira entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (Paraguai) é uma das principais rotas do narcotráfico no Brasil. Já a Bolívia, maior produtora de cocaína da região, representa outro ponto crítico para a segurança de Mato Grosso do Sul.