O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) assumirá as investigações sobre o helicóptero apreendido na última quarta-feira (12), na região de fronteira com o Paraguai, após um confronto envolvendo dois ocupantes. A aeronave foi interceptada por policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Polícia Ambiental, que tentaram abordar os homens, que fugiram e reagiram a tiros, resultando em suas mortes. Ambos tinham passagens por envolvimento com narcotráfico.
Após o confronto, o helicóptero foi entregue à Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), mas o Dracco será responsável pela apuração, pois é o órgão encarregado de investigar casos envolvendo aeronaves no estado. O DOF informou que um dos ocupantes, possivelmente o piloto, utilizava um documento falso e tinha um longo histórico criminal, enquanto o outro era foragido do sistema prisional do Paraná.
Na vistoria da aeronave, foram encontrados galões de combustível vazios e divergências nos registros do prefixo da aeronave. Há suspeitas de que o helicóptero esteja relacionado a uma quadrilha comandada por Antônio Joaquim da Mota, conhecido como "Motinha", de Ponta Porã, que é especialista no transporte de cocaína utilizando helicópteros. A Polícia Federal já havia identificado o envolvimento dessa quadrilha em várias apreensões de aeronaves na região.
Este caso é parte de uma série de apreensões e acidentes envolvendo helicópteros na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, uma área marcada por atividades do narcotráfico