Na manhã desta quinta-feira (8), o advogado paraguaio Gustavo Medina Carneiro foi executado a tiros ao chegar em frente à escola onde buscaria os filhos, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. O crime, ocorrido em plena luz do dia, chocou a comunidade local e expôs novamente o clima de insegurança na região de fronteira.
De acordo com as primeiras informações, Gustavo estacionou sua SUV preta na esquina das ruas 15 de Agosto e Teresa Caballero, no centro da cidade. Assim que desceu do carro, foi surpreendido por pistoleiros que abriram fogo contra ele. A vítima morreu no local, sem chance de defesa.
O assassinato ocorreu no horário de saída das crianças da escola adventista, gerando pânico entre pais e alunos. Muitos correram assustados para se proteger dos tiros, em um episódio de violência que interrompeu a rotina escolar.
As autoridades paraguaias ainda investigam a autoria e a motivação do crime. Nenhum suspeito foi identificado ou preso até o momento. A polícia também não confirmou se a execução tem ligação com o crime organizado, embora Pedro Juan Caballero seja conhecida como área de atuação de facções envolvidas com o narcotráfico.
Nos últimos anos, a cidade tem sido palco de diversas execuções, muitas delas com características semelhantes: alvos específicos, ação rápida e fuga sem deixar pistas. O caso de Gustavo Medina reforça a preocupação com a segurança na linha de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, onde a violência tem se mostrado cada vez mais ousada e frequente.
A polícia paraguaia busca imagens de câmeras de segurança e testemunhas para avançar nas investigações. Enquanto isso, o clima é de medo e revolta entre os moradores da região.