A última edição do GP paulista, realizada no Autódromo de Interlagos em 3 de novembro do ano passado, confirma a consolidação do evento como um dos maiores geradores de impacto econômico do país. Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do SPTuris–Observatório de Turismo e Eventos, a movimentação financeira direta e indireta chegou a R$ 1,96 bilhão em 2024.
Desse total, cerca de R$1,18bilhão são atribuídos a gastos diretos – hospedagem, ingressos, alimentação, transportes – e cerca de R$776,3milhões a impactos indiretos, como cadeia de fornecedores, mídia, serviços e publicidade. A arrecadação tributária atingiu aproximadamente R$ 282,4 milhões, somando impostos municipais, estaduais e federais.
Também foi registrado um novo recorde de público: 291.717 espectadores estiveram presentes nos três dias junto a Interlagos, uma alta de aproximadamente 9% em relação ao ano anterior.
Além dos números puros, há mudanças qualitativas no perfil do público. Em edições recentes, destaca-se uma média de idade mais jovem (em torno de 35anos) e maior participação feminina, o que amplia o apelo comercial do evento – fator importante para patrocinadores, marcas e mídia.
A exposição internacional da marca “São Paulo + Fórmula1” segue em alta: em 2023, a cidade alcançou um retorno de mídia estimado em US$439milhões a partir da cobertura global do evento, transmitido para mais de 190 países.
Para 2025 - quando a corrida acontece em 9 de novembro - e além, a expectativa é de incremento: através de novos setores de hospitalidade e expansão da oferta de serviços relacionados, a organização visa ultrapassar os R$ 2 bilhões em impacto econômico. O fato de o contrato do evento com a cidade estar garantido até pelo menos 2030 reforça a aposta de longo prazo nesse ciclo.
No fim das contas, o GP paulistano deixa de ser apenas mais uma etapa do calendário da Fórmula 1 para se posicionar como um motor de engrenagem econômica, turística e de visibilidade internacional para São Paulo — com efeitos que atingem hotelaria, gastronomia, varejo e setor de serviços, além de movimentar a cadeia de mídia e patrocínios.









