Criado em 2023 pela Lei do Pantanal (Lei Estadual nº 6.160/2023), o Fundo Clima Pantanal ainda enfrenta dificuldades em atrair investimentos externos para garantir a preservação do bioma. Passado quase um ano desde sua criação, o fundo segue dependendo exclusivamente do valor inicial de R$ 50 milhões aportado pelo governo do Estado. Embora haja negociações em andamento com empresas do setor pecuário, ONGs ambientais e até com o governo da Noruega, nenhum recurso adicional foi confirmado até o momento.
O fundo tem como objetivo financiar o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Pantanal, que visa incentivar práticas sustentáveis nas propriedades rurais da região. Apesar da previsão de lançamento do PSA em 2024, o programa só deverá começar em 2025 devido aos desafios logísticos e burocráticos.
Enquanto isso, o governo estadual busca alternativas para alavancar o fundo. Recentemente, foi criado um conselho consultivo dentro do Fórum Sul-Mato-Grossense de Mudanças Climáticas, com membros de destaque no cenário ambiental, com o objetivo de aumentar a visibilidade do Pantanal e atrair mais recursos.
A participação do Estado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), também é considerada uma oportunidade estratégica para destacar a importância do Pantanal no cenário global de preservação ambiental.