O Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, divulgado pelo projeto MapBiomas Alerta, Mato Grosso do Sul registrou uma redução significativa na área desmatada em 2022, em comparação com os números apurados no ano anterior.
O levantamento revelou que apenas quatro estados e o Distrito Federal tiveram redução na área desmatada em 2022. Dentre eles, Mato Grosso do Sul aparece em destaque, ocupando a quarta posição do ranking com uma diminuição de 12%. À frente do estado sul-mato-grossense, estão Rio Grande do Norte (-47%), Paraná (-42%) e o Distrito Federal (-28%). Já a Paraíba encerra o "top 5" com uma redução de 6%.
Em 2021, a área desmatada no Mato Grosso do Sul totalizava 55.959 hectares, enquanto em 2022 esse número caiu para 49.162 hectares. Vale ressaltar que o MapBiomas Alerta publica todas as perdas de vegetação nativa detectadas pelos sistemas provedores de alertas, sem verificar se havia ou não autorização ambiental para a supressão.
No entanto, o cenário nacional apresenta uma realidade contrastante, com um aumento de 22,3% no desmatamento em 2022 em relação ao ano anterior. Mais de 2,05 milhões de hectares de vegetação foram desmatados, aproximando-se do tamanho do território do Estado de Sergipe. Cinco estados concentram 66% desse total, sendo que três deles (Amazonas, Mato Grosso e Pará) estão localizados na região Amazônica, enquanto os outros dois são Bahia e Maranhão.
Visando combater o desmatamento ilegal e atuar de forma preventiva, o Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) lançou, em junho passado, o Sistema de Monitoramento de Alertas de Desmatamento Ilegal. Essa plataforma possibilita uma atuação mais rápida e eficiente nas ações de fiscalização, evitando maiores perdas ambientais. Além disso, com o uso desse sistema, a análise manual de processos de desmatamento foi reduzida em até 72%, garantindo maior segurança técnica, jurídica e institucional, com base em dados oficiais conforme Autos Autorizativos do Imasul.
A plataforma de monitoramento do Imasul, que utiliza imagens de satélite e recursos da plataforma ArcGIS, representa um importante avanço no controle e combate ao desmatamento e às queimadas no Estado. Por meio desse sistema, a gestão dos recursos naturais se torna mais eficiente e sustentável, aprimorando a tomada de decisões e fortalecendo a atuação das equipes de monitoramento do instituto.