O incêndio que atinge a Serra do Amolar, no Pantanal de Corumbá, completa 10 dias nesta terça-feira (7) e segue avançando em direção à Comunidade Amolar, onde vivem mais de dez famílias. A situação preocupa brigadistas e autoridades ambientais, diante do risco de o fogo atingir áreas habitadas.
Atualmente, o combate ao incêndio envolve 25 profissionais, sendo 15 brigadistas do Prevfogo/Ibama e 10 do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Segundo o coordenador estadual do Prevfogo, Márcio Yule, a equipe aguarda autorização para que mais 10 brigadistas do Ibama ingressem pela Bolívia, via terrestre, e reforcem a linha de frente nas áreas próximas à divisa.
Apesar da chuva registrada em Corumbá na tarde de segunda-feira (6), as precipitações não chegaram à região da serra. Moradores relatam ventos fortes e dificuldades de navegação no Rio Paraguai, que chegou a baixar quatro centímetros em um único dia, segundo relatos locais.
Levantamento feito pelo Instituto Homem Pantaneiro indica que, entre os dias 5 e 6 de outubro, a área atingida pelas chamas aumentou de 7 mil para 12 mil hectares. De acordo com dados do Painel do Fogo, o incêndio apresenta um alto índice de propagação, com até 42 hectares consumidos por hora. O pico recente de detecções chegou a 194 focos ativos.
Diante da gravidade do cenário, agravado pela seca prolongada, temperaturas elevadas, ventos intensos e acúmulo de vegetação seca, a Prefeitura de Corumbá decretou estado de emergência por 90 dias, com o objetivo de mobilizar apoio institucional e operacional para enfrentar a crise ambiental.









