O Governo de Mato Grosso do Sul deu início à criação de um programa integrado para a proteção e desenvolvimento do Pantanal, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do Brasil. A iniciativa envolve diversas áreas, como saúde, educação, assistência social, segurança pública e meio ambiente, com foco na melhoria das condições de vida da população pantaneira e na conservação do bioma.
Com abrangência em 12 municípios da planície pantaneira e outros 22 que compõem a Bacia do Paraguai, o programa busca intensificar políticas públicas já existentes, promovendo ações coordenadas e sustentáveis. Segundo o secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, o objetivo é aliar conservação ambiental ao desenvolvimento sustentável, garantindo acesso a serviços essenciais para os moradores da região.
“Pensamos no Pantanal como a região com o menor IDH do estado, e o desenvolvimento precisa ser uma ferramenta para promoção de agendas como a ambiental. Estamos organizando um grande programa estruturante que contempla conservação, atendimento à população e desenvolvimento das atividades econômicas possíveis no bioma”, explicou Falcette.
A primeira reunião de elaboração do programa ocorreu no dia 22 de janeiro, com a participação de secretários estaduais, representantes do Corpo de Bombeiros Militar e instituições como o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). O Instituto Taquari Vivo será responsável pelo suporte técnico, coordenando a proposta para que atenda aos critérios exigidos por órgãos de financiamento.
De acordo com Renato Roscoe, diretor executivo do Instituto, a ideia é criar uma plataforma de desenvolvimento para o Pantanal. “Queremos direcionar e articular políticas públicas e investimentos, promovendo o desenvolvimento sustentável e integrado da região”, afirmou.
Combate a incêndios florestais como exemplo de planejamento
Em 2024, uma das ações de destaque no Pantanal foi o combate aos incêndios florestais, realizado pelo Corpo de Bombeiros com o apoio de parceiros. As bases avançadas, implantadas como parte da estratégia, garantiram maior eficácia no enfrentamento das queimadas e servem de modelo para o planejamento de 2025.
“Nós nos preparamos para um ano atípico, e as bases avançadas fizeram toda a diferença. Apesar das dificuldades, conseguimos proteger o bioma. Já estamos planejando melhorias logísticas para este ano”, destacou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do CBMMS.
