Uma intensa mobilização de brigadistas do Prevfogo está em andamento nesta segunda-feira (14), com uma equipe de 28 profissionais sendo enviada para combater um incêndio de grandes proporções na Barra do São Lourenço, uma área isolada e preservada na divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. As imagens da região mostram vastas áreas de vegetação em chamas, com o fogo se espalhando rapidamente pelo bioma.
A situação é alarmante, com 97 focos de calor registrados no estado nos últimos dois dias, dos quais 94 estão em Corumbá, a capital do Pantanal. Os incêndios ativos concentram-se em três pontos críticos: Paraguai-Mirim, Paiaguás e Aparecida do Taboado. Em Paraguai-Mirim, próximo ao Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, as equipes enfrentam desafios logísticos, considerando o envio de brigadistas por via fluvial. No Paiaguás, as fazendas Santa Mônica e São José do Brejo estão sob constante monitoramento, enquanto em Aparecida do Taboado, as operações de combate já foram iniciadas entre Aparecida do Taboado e Paranaíba.
Com mais de quatro meses de incêndios devastadores, o Pantanal enfrenta a pior temporada de fogo desde 1951, com mais de 2,4 milhões de hectares destruídos, o que corresponde a 15,99% do bioma pantaneiro no Brasil. Especialistas alertam que a seca prolongada e as mudanças climáticas anteciparam o início da temporada de incêndios, que normalmente se inicia entre julho e agosto, mas começou já em maio deste ano.
Apesar das chuvas que ocorreram entre 9 e 11 de outubro, trazendo algum alívio, as altas temperaturas, que alcançam até 40°C, continuam a desafiar os esforços dos brigadistas e bombeiros para conter as chamas e preservar o Pantanal.
