terça, 14 janeiro 2025

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há 1 mês

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Disputa ambiental: Auren Energia tenta substituir técnica de contenção no MS

Atualizado: há 1 mês

Redação

A Auren Energia, empresa que assumiu a hidrelétrica Porto Primavera após a privatização da Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp), está no centro de um impasse ambiental em Mato Grosso do Sul. A companhia tenta implementar o enrocamento, técnica mais barata para proteger as margens do lago da usina, em substituição ao Bolsacreto, método originalmente acordado por determinação judicial.

A erosão causada pelas ondas do lago vem comprometendo áreas de preservação permanente e propriedades rurais próximas, incluindo a Estância Recreio, localizada em Anaurilândia. A solução com Bolsacreto, definida em um termo de ajustamento de conduta, integra melhor com a paisagem e o leito do rio, mas é cerca de 30% mais cara do que o enrocamento.

A nova gestão da usina, conduzida pelo Grupo Votorantim e um fundo canadense, argumenta que o método mais econômico atende às exigências ambientais. No entanto, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) sustenta que a substituição desrespeita o acordo firmado e pode comprometer a integridade ambiental da região.

Apesar dos esforços da Auren para obter autorização judicial, o pedido foi negado pela Justiça. A decisão reforça a necessidade de uma análise técnica detalhada para evitar danos ao meio ambiente, enquanto mantém a empresa obrigada a cumprir o cronograma inicial de recuperação das margens com a técnica previamente aprovada.

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