Na madrugada de terça-feira (14), a Ucrânia lançou um intenso ataque com mais de 200 mísseis e drones contra diversas cidades russas, incluindo Engels, Saratov, Kazan, Bryansk e Tula. O objetivo dos ataques, conforme fontes ucranianas, foi atingir instalações militares e industriais, como fábricas de armas e refinarias de petróleo.
Em Kazan, na região do Tartaristão, um dos mísseis ucranianos atingiu uma central de gás, provocando um incêndio de grandes proporções. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram uma bola de fogo e uma espessa coluna de fumaça após o impacto. A cidade de Saratov também sofreu danos significativos, com pelo menos duas instalações industriais sendo danificadas pelo ataque.
Por sua vez, a Rússia não ficou sem resposta. De acordo com o Ministério da Defesa russo, as forças russas conseguiram interceptar e derrubar mais de 200 drones ucranianos, além de cinco mísseis balísticos de longo alcance. A defesa aérea da Rússia também conseguiu abater seis mísseis que haviam sido lançados contra a região de Bryansk.
Os ataques afetaram não apenas as indústrias, mas também causaram restrições no tráfego aéreo, com diversos aeroportos na região, como os de Kazan e Penza, tendo seus voos suspensos. De acordo com os militares russos, a defesa aérea tem mostrado eficácia, mas o ritmo e a precisão dos ataques ucranianos indicam uma crescente capacidade ofensiva.
Este ataque ocorre em um momento de escalada na guerra, com a Ucrânia se beneficiando de apoio militar de países ocidentais, incluindo o fornecimento de mísseis de longo alcance como o ATACMS. As autoridades ucranianas não hesitaram em destacar os danos causados às infraestruturas russas, e já se preveem mais ataques nas próximas semanas.
A guerra, que já dura mais de dois anos, continua a produzir uma crescente onda de destruição e mortes, com poucas perspectivas de uma resolução pacífica. O governo russo, por sua vez, reforçou a ameaça de retaliações, principalmente com o uso de mísseis hipersônicos como o "Oreshnik", que podem intensificar ainda mais o conflito. ( com inf da G1)