A Ucrânia iniciou o uso de bombas de fragmentação, também conhecidas como "cluster", em suas operações militares no sudeste do país, afirmou a Casa Branca. Essas armas são proibidas em mais de 100 países devido ao seu alto poder de destruição. O armamento foi enviado pelos Estados Unidos às tropas ucranianas como parte de um pacote de ajuda no valor de US$ 800 milhões para acelerar a reconquista de territórios ocupados por Moscou.
Apesar da eficácia declarada pelas autoridades da Casa Branca, o uso dessas bombas gerou críticas e tensões entre países aliados aos EUA. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, manifestou-se contra a decisão, afirmando que seu país é signatário de uma convenção que proíbe o uso dessas munições controversas. Até mesmo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expressou descontentamento com o envio das bombas de fragmentação, alegando que isso pode levar o mundo à Terceira Guerra Mundial.
A Ucrânia, no entanto, acolheu o armamento com entusiasmo, considerando que terá um "extraordinário impacto psicoemocional" sobre as forças russas de ocupação. Contudo, especialistas alertam que o uso dessas bombas pode aumentar ainda mais o conflito, especialmente após a suspensão do acordo de grãos, com os portos sendo alvos principais nos últimos dias.
Em resposta ao uso das bombas de fragmentação pela Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou recorrer ao mesmo tipo de armamento, alegando que a Rússia possui uma "boa reserva" dessas bombas. Ele destacou que até o momento não utilizaram essas armas, mas reservam-se o direito de retaliar caso sejam utilizadas contra eles.
A situação gera preocupações na comunidade internacional, pois a utilização dessas armas controversas pode aumentar ainda mais as tensões e o derramamento de sangue na região, com implicações imprevisíveis para a estabilidade global.