O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou medidas drásticas contra os rebeldes Houthis no Iêmen, ordenando ataques aéreos no sábado (15) para proteger rotas comerciais marítimas e demonstrar firmeza contra o Irã, principal apoiador do grupo. Os ataques visam garantir a segurança do transporte marítimo global, especialmente nas áreas estratégicas do estreito de Bab al-Mandab e do Golfo de Áden, que ligam o Oceano Índico ao Mar Vermelho.
Desde o ano passado, os Houthis têm intensificado suas ofensivas contra embarcações militares e comerciais, principalmente de países aliados dos EUA, como Israel e o Reino Unido. Trump justificou a ação como necessária para a proteção das vidas humanas e para evitar danos econômicos maiores. “Esses ataques incessantes custaram aos EUA e à economia mundial bilhões de dólares, colocando vidas inocentes em risco”, afirmou o presidente em um comunicado.
A escalada da violência também visa pressionar o Irã, que tem fornecido apoio substancial aos Houthis. O governo americano, além de atacar diretamente as posições do grupo rebelde, também instaurou novas sanções contra o Irã, recriando um cenário de “pressão máxima” para forçar Teerã a renegociar seu programa nuclear. O Departamento de Estado voltou a classificar os Houthis como uma organização terrorista, medida que agrava ainda mais o isolamento do Irã.
O ataque, que resultou na morte de 31 pessoas e 101 feridos, reflete uma política externa mais agressiva de Trump na região, com a busca por controlar a influência iraniana no Oriente Médio. Além disso, o conflito no Iêmen, considerado pela ONU como uma das maiores crises humanitárias, já dura mais de uma década e envolve um confronto indireto entre a Arábia Saudita e o Irã, com o apoio dos EUA à coalizão saudita.
Com o aumento da tensão, os EUA também buscam reforçar a liberdade de navegação nas águas internacionais, essenciais para o comércio global. O impacto dessa ação ainda será avaliado, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos dessa nova fase de confrontos no Oriente Médio.
