A taxa de desemprego no Brasil registrou uma queda significativa no trimestre até junho, atingindo 8,0%, a menor taxa para esse período desde 2014. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta sexta-feira, 28. A população desocupada, ou seja, pessoas sem emprego, apresentou uma redução de 8,3% em relação ao trimestre anterior, representando uma queda de 785 mil pessoas. Em comparação com o mesmo trimestre de 2022, a queda foi ainda mais expressiva, alcançando 14,2% e representando 1,4 milhão de pessoas a menos na condição de desempregados.
Por outro lado, a população ocupada cresceu 1,1% no trimestre anterior, o que representa um aumento de 1,1 milhão de pessoas empregadas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve um acréscimo de 0,7%, com mais 641 mil pessoas empregadas. O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, chegou a 56,6%, apresentando um aumento de 0,5 ponto percentual no trimestre, mas mantendo-se estável no acumulado do ano.
A taxa composta de subutilização, que engloba diversas categorias de trabalhadores subaproveitados, apresentou uma queda de 1,0 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março de 2023, e uma queda ainda mais expressiva de 3,4 pontos percentuais no acumulado do ano. A população subutilizada, que representa aqueles que estão desempregados, trabalham menos horas do que gostariam ou desistiram de procurar emprego, apresentou uma queda de 5,7% no trimestre anterior e uma redução de 17,7% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Em relação aos tipos de emprego, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado permaneceu estável em relação ao trimestre anterior e apresentou um crescimento de 2,8% em comparação com o mesmo trimestre de 2022. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado cresceu 2,4% em relação ao trimestre anterior, mas se manteve estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O número de trabalhadores por conta própria ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou uma redução de 491 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano passado.