sexta, 21 março 2025

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STF decide manter investigações no tribunal após o fim do mandato

Com a nova decisão, o foro privilegiado é ampliado, permitindo que autoridades sejam investigadas no Supremo mesmo após deixarem seus cargos.

Atualizado: há 1 semana

Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de 7 votos a 4, ampliar a aplicação do foro privilegiado para autoridades investigadas, garantindo que investigações relacionadas a crimes cometidos durante o exercício do cargo permaneçam no tribunal mesmo após o término do mandato. A mudança foi aprovada nesta terça-feira (11) e altera a regra anterior, que restringia o foro ao período em que o político estava no cargo.

A decisão define que, mesmo após o afastamento do cargo, a competência para julgar crimes relacionados às funções públicas seguirá sendo do STF. Antes, casos que envolviam crimes sem relação com o exercício do cargo eram enviados para a primeira instância, enquanto os que envolviam a função eram julgados no STF, mas apenas durante o mandato.

O julgamento, que havia sido suspenso em setembro do ano passado, foi retomado com o voto favorável da maioria dos ministros, incluindo o relator Gilmar Mendes. Ele defendeu a mudança argumentando que, sob a regra anterior, políticos poderiam manipular o processo judicial ao renunciar ou não se reeleger, transferindo os casos para tribunais considerados mais favoráveis à defesa.

O ministro Flávio Dino, que acompanhou Mendes, complementou que a nova interpretação deve ser mantida independentemente da investidura em outro cargo público, reforçando a permanência do foro privilegiado.

Com essa alteração, investigações em andamento, como as do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) e da ex-senadora Rose de Freitas (MDB-ES), continuarão sendo conduzidas pelo STF, independentemente de os envolvidos ainda estarem no cargo.

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