Fabricantes brasileiros de aço e alumínio estão mobilizados contra o aumento da tarifa de importação imposta pelos Estados Unidos. O Instituto Aço Brasil (IAB) e a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) defendem o restabelecimento do acordo firmado em 2018, que estabelecia cotas de exportação, e alertam para os impactos negativos das novas taxações.
A decisão do governo norte-americano prevê uma tarifa de 25% sobre o aço e um possível aumento sobre o alumínio, o que pode tornar os produtos brasileiros menos competitivos no mercado dos EUA. Segundo as entidades, a medida prejudica o comércio bilateral e pode gerar distorções, como a entrada de produtos estrangeiros no Brasil a preços desleais.
Minas Gerais, um dos principais exportadores do setor, está entre os estados que podem ser mais afetados. Já a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) destacou que o Brasil não representa ameaça comercial para os EUA e espera que um entendimento seja alcançado para evitar prejuízos à indústria.
O governo brasileiro ainda não anunciou medidas concretas, mas a expectativa é de que negociações sejam retomadas para tentar reverter a decisão. (Ag, Brasil)