O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decidiu apoiar a votação da reforma tributária com o objetivo de contribuir para a costura de um acordo e permitir que o projeto seja votado na Câmara dos Deputados ainda nesta quinta-feira. A decisão de Tarcísio foi importante, uma vez que seu apoio era considerado crucial para alcançar um consenso entre os envolvidos.
Para chegar a essa conclusão, Tarcísio passou uma madrugada estudando e analisando o projeto da reforma tributária. Ele dedicou tempo para entender os modelos de arrecadação adotados em outros países, com foco especial nos sistemas utilizados pela União Europeia. Além disso, ele estudou os modelos de governança do conselho federativo proposto na reforma.
Após suas análises, Tarcísio constatou que concordava com a maior parte da reforma, aproximadamente 95% dela, e decidiu não fazer uma "cavalo de batalha" em relação aos pontos de discordância. Essa posição surpreendeu o governo, que comemorou o gesto de apoio do governador.
O convencimento de Tarcísio também envolveu uma conversa direta com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante o diálogo, eles discutiram a posição favorável de Tarcísio em relação à reforma e mencionaram o apoio de entidades paulistas, como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além dos benefícios que a aprovação da reforma traria para o país, como a simplificação da arrecadação fiscal.
Apesar de reconhecer que seu apoio à reforma poderia gerar conflitos com os bolsonaristas, parte importante de sua base eleitoral, Tarcísio optou por apoiar a votação como um gesto de contribuição para a busca de consensos e avanços no tema da reforma tributária.