O Brasil enfrenta um novo desafio com a volta do sorotipo 3 da dengue, que não circulava no país desde 2008. A confirmação do aumento de casos, especialmente nas últimas semanas de 2024, levantou preocupações entre as autoridades de saúde. O cenário é mais grave nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná, que apresentaram um aumento significativo nos registros de infecção.
O sorotipo 3 foi responsável por uma crescente de casos no final de 2024, alterando o padrão do vírus predominante, que era o sorotipo 1. Este retorno é preocupante, já que uma grande parcela da população não foi exposta ao sorotipo 3 durante os anos em que ele ficou ausente, o que aumenta a vulnerabilidade ao vírus.
Fatores climáticos como as altas temperaturas e a seca, típicos do fenômeno El Niño, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, o que aumenta a preocupação com o potencial de surtos em 2025. A previsão é que estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná enfrentem uma incidência superior à do ano anterior, já que as condições climáticas favorecem o desenvolvimento do mosquito.
Além disso, doenças associadas ao Aedes aegypti, como zika e chikungunya, também geram alerta nas autoridades sanitárias. O Espírito Santo, Tocantins e Acre concentram a maior parte dos casos de Zika, enquanto São Paulo, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo apresentam altas taxas de chikungunya. A febre do Oropouche, com a maioria dos casos no Espírito Santo, também está em ascensão.
