Durante audiência pública realizada nesta segunda-feira (6) na Câmara Municipal, representantes da rede de proteção à infância defenderam a ampliação do número de Conselhos Tutelares na cidade. Atualmente, o município conta com oito unidades, mas o ideal, segundo especialistas da área, seria a criação de pelo menos duas novas, totalizando dez.
Demanda crescente
De acordo com dados da Associação dos Conselhos Tutelares de Mato Grosso do Sul, nos últimos quatro anos as unidades da Capital registraram cerca de 60 mil atendimentos, envolvendo casos de evasão escolar, negligência, violência e outras violações de direitos de crianças e adolescentes.
Cada Conselho Tutelar atende, em média, de 300 a 500 ocorrências por mês, sendo a região do Anhanduizinho a que concentra o maior volume de casos.
Sobrecarga de trabalho
O presidente da Associação, Adriano Vargas, destacou que a sobrecarga das equipes é um problema crônico e que a proporção ideal seria de um Conselho Tutelar para cada 100 mil habitantes. Ele também reforçou que o trabalho de proteção não é exclusivo dos conselheiros, mas envolve uma rede integrada com as áreas de saúde, educação, assistência social, Judiciário e Ministério Público.
Participação e encaminhamentos
A audiência contou com a presença de representantes de seis Conselhos Tutelares — das regiões Norte, Imbirussu, Centro, Bandeira, Prosa e Sul —, além de autoridades municipais e membros da rede de proteção à infância e juventude.
O encontro teve como principal objetivo discutir estratégias para reforçar o atendimento e garantir que nenhuma criança ou adolescente em situação de risco fique sem amparo em Campo Grande.
