O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma escalada nas retaliações contra a Ucrânia após Kiev usar mísseis fornecidos pelos Estados Unidos e Reino Unido. Na madrugada de quinta-feira (28), a Rússia realizou um ataque coordenado a centrais de energia da Ucrânia, deixando mais de um milhão de pessoas sem eletricidade. O Kremlin justificou a ofensiva como uma resposta inicial ao uso desses armamentos ocidentais, que começaram a ser empregados pela Ucrânia em bombardeios em território russo.
Putin também afirmou que, em resposta aos ataques ucranianos com mísseis de longo alcance, a Rússia irá intensificar suas ações e atacar alvos estratégicos na Ucrânia, incluindo "centros de tomada de decisão" em Kiev. Em um tom ameaçador, o presidente russo destacou que a produção de sistemas de mísseis avançados da Rússia já supera em dez vezes a produção da OTAN e que pretende expandir ainda mais a capacidade de fabricação de armamentos.
A recente escalada no conflito ocorre após a aprovação dos EUA e do Reino Unido, no início de novembro, para que a Ucrânia utilizasse mísseis ocidentais para ataques em território russo, o que foi interpretado pelo Kremlin como uma entrada direta de Washington e Londres no conflito.