O governo do Paraguai autorizou oficialmente o uso das Forças Armadas no combate direto às facções brasileiras Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), após classificá-las como “organizações terroristas internacionais”. A medida foi confirmada pelo ministro da Defesa, Óscar González, e formalizada por decreto assinado pelo presidente Santiago Peña.
Com o novo enquadramento jurídico, os militares passam a ter autonomia para agir contra os grupos criminosos, sem necessidade de coordenação prévia com outros órgãos de segurança. Segundo González, a decisão “dá respaldo jurídico e operativo” às operações das Forças Armadas, da Polícia Nacional e da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
O decreto foi publicado após a megaoperação no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos e teve como alvo o Comando Vermelho. O governo paraguaio justificou a medida ao afirmar que há provas da presença ativa das duas facções no país, especialmente nas regiões de fronteira com o Brasil, representando “ameaça direta à segurança nacional”.
Com a nova diretriz, o Paraguai amplia sua ofensiva contra o crime organizado, em meio ao avanço das facções brasileiras em território paraguaio e ao aumento da violência ligada ao tráfico internacional de drogas.









