Mato Grosso do Sul tem sido cenário de uma terrível onda de violência contra a mulher, com o feminicídio de Maurília Sartori Marques, de 27 anos, marcando a 15ª vítima fatal desse crime brutal no estado, apenas neste ano.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, o ex-marido de Maurília, atualmente cumprindo pena em regime fechado, foi apontado como o mandante da execução. Motivado pelo término do relacionamento e, possivelmente, por questões econômicas, o homem contratou um assassino para tirar a vida de sua ex-companheira. Dias antes de sua morte, a vítima assumiu um novo relacionamento amoroso, o que pode ter desencadeado a ira do ex-parceiro.
O crime ocorreu em 12 de julho, quando Maurília foi surpreendida por um atirador em uma casa na rua Matias Francisco Arruda, bairro Durval Andrade Filho. O executor, contratado pelo ex-marido, efetuou três disparos, sendo um deles atingindo a boca da jovem. Embora tenha sido socorrida em estado grave e transferida para o Hospital da Vida, em Dourados, Maurília não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta terca-feira (25), por morte encefálica declarada pela equipe médica. Ela é a 5ª mulher assassinada apenas neste mês em Mato Grosso do Sul no âmbito do feminícidio.
O atirador foi preso um dia após o crime, graças à análise de mensagens telefônicas e ao depoimento de uma testemunha presente no local. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e intermediadores, com o objetivo de levar à justiça todos os responsáveis pelo brutal assassinato de Maurília.
Esse trágico episódio de violência se enquadra em uma crescente preocupante de feminicídios em Mato Grosso do Sul. Somente neste mês, cinco mulheres já perderam suas vidas de forma brutal em decorrência desse crime hediondo. Todos os casos têm um ponto em comum: os autores são companheiros, ex-companheiros ou pessoas próximas das vítimas, evidenciando a importância de se combater a violência doméstica e o machismo enraizado na sociedade.
Com um total de 15 feminicídios registrados até o momento neste ano, Mato Grosso do Sul enfrenta uma verdadeira epidemia de violência contra a mulher. No mesmo período do ano anterior, a trágica marca de 28 mulheres mortas por serem mulheres já havia sido alcançada, apontando para uma tendência alarmante.