O jornalista e apresentador Cid Moreira, uma das figuras mais emblemáticas da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, desde o dia 4 de setembro, onde tratava complicações de saúde, incluindo insuficiência renal crônica e pneumonia. Sua morte foi confirmada devido a falência múltipla dos órgãos.
Nascido em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, Cid Moreira começou sua carreira no rádio em 1944, após ser descoberto por um amigo. Em 1951, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou em diversas emissoras, fazendo sua estreia na televisão em 1963. Cid Moreira se destacou como locutor de noticiários e, em 1969, se tornou um dos apresentadores do “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil, onde trabalhou por 26 anos.
Com sua voz marcante e estilo inconfundível, Cid se tornou sinônimo de credibilidade, iniciando cada edição do JN com seu famoso “boa-noite”. Além de seu trabalho no jornalismo, ele também foi um dos primeiros apresentadores do “Fantástico”, onde se destacou em diversos quadros, incluindo o famoso Mr. M.
Ao longo de sua carreira, Cid Moreira dedicou-se também a projetos pessoais, como a gravação de salmos bíblicos e a Bíblia completa, que se tornaram grandes sucessos. Em 2010, sua biografia, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira, foi publicada, celebrando sua trajetória na comunicação.
A morte de Cid Moreira deixa um legado duradouro na televisão brasileira e uma profunda tristeza entre seus fãs e colegas, que o lembram como uma referência de profissionalismo e dedicação ao jornalismo. Informações sobre velório e enterro ainda não foram divulgadas.
