A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda não chegou ao fim, apesar da declaração oficial do instituto. A entidade considera que a paralisação foi encerrada após firmar um acordo com duas das três confederações representativas dos servidores, mas a Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) se recusa a aceitar os termos, mantendo a greve.
A greve, que teve início em 10 de julho, buscava a reposição do código de greve, que foi substituído pela anotação de faltas injustificadas. Essa mudança pode acarretar sanções aos servidores públicos. Em 28 de agosto, o INSS assinou o primeiro documento de encerramento do movimento, seguido por um aditivo da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) no último dia 26. No entanto, a Fenasps não aceitou as condições propostas.
Ismênio Bezerra, diretor de governança do INSS, afirmou que o movimento já pode ser considerado encerrado, pois a decisão judicial respaldou as negociações com a CNTSS. Ele destacou que a categoria agora passará a uma nova fase, focada em discutir mudanças na carreira, embora a Fenasps não participe dessas discussões.
A Fenasps contesta a validade do acordo, alegando que ele não atende às principais reivindicações dos servidores. Thaize Chagas, diretora da Fenasps e do Comando Nacional de Greve, afirmou que a entidade representa mais de 90% dos trabalhadores do INSS e que a paralisação permanecerá até que suas demandas sejam atendidas.
Atualmente, o INSS possui cerca de 19 mil servidores, e a falta de pessoal é um dos fatores que motivam a greve. O instituto recebe mensalmente cerca de um milhão de pedidos de benefícios, o que torna a situação ainda mais crítica para os trabalhadores. ( Com inf da Folha Press)