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17/06/2023 12:00

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Guerra na Ucrânia: Rússia estaciona seu primeiro lote de armas nucleares táticas na Bielo-Rússia

O presidente Russo já havia anunciado em março que a Rússia posicionaria armas nucleares táticas no território de seu aliado

Atualizado: 20/06/2023 00:10

Redação

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (17), que a Rússia começará a implantar armas nucleares táticas em Belarus depois que as instalações de armazenamento especial estiverem prontas em 7 e 8 de julho. Essa é a primeira movimentação internacional de ogivas por Moscou desde a queda da União Soviética.

Putin já tinha anunciado em março que havia concordado em implantar tais armas em Belarus, apontando para a implantação de armas nucleares táticas pelos Estados Unidos em vários países europeus ao longo de muitas décadas. “Tudo está indo de acordo com o planejado”, disse Putin ao presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. 

De acordo com uma transcrição do Kremlin de seus comentários, Putin ainda havia dito “A preparação das instalações relevantes termina em 7 e 8 de julho e iniciaremos imediatamente as atividades relacionadas ao posicionamento de tipos apropriados de armas em seu território”

Mais de 15 meses após a maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, Putin diz que os EUA e seus aliados ocidentais estão fornecendo armas à Ucrânia como parte de uma guerra por procuração em expansão com o objetivo de colocar a Rússia de joelhos. 

Em setembro de 2022, Putin alertou o Ocidente que não estava blefando quando disse que a Rússia usaria “todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e nosso povo. Moscou não recuará”.

Os EUA criticaram a implantação nuclear de Putin, mas disseram que não têm intenção de alterar sua posição sobre armas nucleares estratégicas e não viram nenhum sinal de que a Rússia esteja se preparando para usar uma arma nuclear. A guerra na Ucrânia desencadeou o que Moscou e Washington dizem ser a crise mais profunda nas relações desde o auge da Guerra Fria, com importantes tratados de controle de armas nucleares se desfazendo e ambos os lados denunciando o outro em público.

O movimento nuclear de Putin está sendo observado de perto pelos EUA e seus aliados da Otan na Europa e pela China, que repetidamente advertiram contra o uso de armas nucleares no conflito.

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