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15/06/2023 06:30

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Contraofensiva ucraniana avança e Rússia reconhece baixas

Últimos relatos de batalha vieram de oficiais apoiados por Moscou e blogueiros militares que detalharam confrontos ao sul da cidade de Velyka Novosilka.

Atualizado: 15/06/2023 00:16

Redação

O Ministério da Defesa da Rússia reconheceu que as Forças Armadas da Ucrânia iniciaram uma "ofensiva em larga escala" com a intensificação dos combates nas regiões de Donetsk e Zaporozhye. Ambas as regiões ucranianas foram anexadas pela Rússia em outubro de 2022. 

Os novos relatos surgiram enquanto mísseis russos atacaram a cidade ucraniana central de Kryvyi Rih,  matando pelo menos 11 pessoas e ferindo 28, de acordo com Oleksandr Vilkul, chefe da administração militar da cidade de Kryvyi Rih.

As defesas aéreas derrubaram três mísseis de cruzeiro sobre a cidade, mas também houve “entradas” que atingiram a infraestrutura civil, disseram as autoridades, acrescentando que um prédio de cinco andares estava em chamas.

De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, o início da contra-ofensiva ucraniana estaria acontecendo de uma só vez em cinco setores da linha de frente. Foi relatado que a operação envolveu no total "seis batalhões mecanizados e dois batalhões de tanques". 

O porta-voz alega, no entanto, que a Rússia conseguiu repelir a ofensiva e que "o inimigo não alcançou seus objetivos". Segundo Konashenkov, as perdas das Forças Armadas da Ucrânia teriam chegado a 250 pessoas, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, supervisionou pessoalmente as ações dos militares na linha de frente.

Por outro lado, o chefe do grupo "Wagner", Yevgueny Prigozhin, que lidera o batalhão russo de mercenários, bem como alguns especialistas militares pró-Kremlin, relataram que as forças ucranianas conseguiram avanços em alguns pontos nos últimos dias.

As Forças Armadas da Ucrânia não confirmaram oficialmente o início da contraofensiva, classificando o anúncio da Rússia de "operação psicológica de informação". "Para desmoralizar os ucranianos e enganar a comunidade, incluindo sua própria população, os propagandistas russos espalharão informações falsas sobre a contraofensiva, suas direções e as perdas do exército ucraniano. Mesmo que não haja contraofensiva", diz o comunicado do Departamento de Comunicações Estratégicas das Forças Armadas da Ucrânia.

De fato, ao longo dessa semana, as tropas ucranianas anunciaram a recaptura de alguns vilarejos, no total cinco. Na vila de Storozheve, fuzileiros navais estenderam a bandeira do país e gritaram: ‘glória à Ucrânia’. Imagens de drone mostraram a chegada de militares da Ucrânia a áreas até então controladas pela Rússia. “Matamos dez soldados inimigos ", disse um ucraniano.

A Ucrânia impôs um estrito silêncio operacional para evitar comprometer uma operação que espera retomar faixas de terra no Leste e no Sul. Do outro lado da fronteira, foi feriado nacional, o dia da Rússia.

Na última segunda-feira (12) o deputado britânico que preside o comitê de Defesa do Reino Unido disse que uma grande operação das forças ucranianas está prevista para essa semana. “É um momento novo da guerra, com um grau de tensão mais alto”

Em paralelo, a Otan anunciou que está em andamento o maior exercício militar da história do grupo.  As nações da Aliança Militar estão simulando na Alemanha um ataque contra um país do grupo. Uma forma de comunicar para a Rússia união e força.

 

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