O conclave que escolherá o sucessor do papa Francisco terá início nesta quarta-feira, 7 de maio, no Vaticano. Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos — os chamados cardeais eleitores — estão aptos a participar da votação que definirá o novo líder da Igreja Católica.
Para ser eleito, o futuro pontífice precisará alcançar, no mínimo, 89 votos, o equivalente a dois terços do total de eleitores. A votação ocorre em sigilo absoluto na Capela Sistina, em um processo que pode durar dias.
A palavra "conclave" vem do latim cum clavis, que significa "fechado à chave", fazendo referência ao isolamento dos cardeais durante as deliberações. Nenhum contato externo é permitido até que um novo papa seja escolhido.
O processo segue um ritual tradicional e solene. Após cada votação, a queima das cédulas gera uma fumaça que informa ao público o resultado: preta, quando não há consenso; branca, quando um novo papa é eleito.
O conclave acontece após a renúncia de Francisco ou seu falecimento — neste caso, presume-se a vacância da Sé Apostólica, o que leva à convocação do colégio cardinalício. Ainda não há confirmação oficial sobre os motivos da sucessão, mas a expectativa mundial é grande.
Cardeal brasileiro é citado entre favoritos ao papado por jornal francês
Dom Sergio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, foi incluído em uma lista de possíveis sucessores do papa Francisco elaborada pelo jornal francês Libération. O brasileiro figura entre os 15 cardeais apontados como favoritos ao posto máximo da Igreja Católica, em um momento de especulação crescente sobre o futuro do Vaticano.
Nomeado cardeal em 2016, Dom Sergio integra desde 2023 o chamado C9, o conselho restrito de nove cardeais criado pelo papa Francisco para assessorá-lo na reforma da Igreja. Essa posição estratégica, aliada à sua trajetória pastoral e capacidade de articulação, tem chamado atenção internacional.
Apesar da projeção, Dom Sergio evitou comentar a possibilidade em entrevista recente, preferindo destacar o legado do papa Francisco e a necessidade de união na Igreja.