Na noite desta quinta-feira (28), a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) realizou uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir o futuro do plano de saúde e buscar soluções para enfrentar os desafios financeiros. Em uma decisão unânime, os beneficiários aprovaram a implantação de um novo modelo de contribuição, que tem como objetivo garantir a sustentabilidade do plano e a qualidade da assistência prestada aos servidores públicos.
Com a aprovação, ficou estabelecida a cobrança de uma contribuição fixa de R$ 45 por beneficiário da Cassems, com o limite máximo de R$ 180 por família. Essa medida tem o propósito de compensar a não cobrança da coparticipação de 20% nos procedimentos envolvendo órtese, prótese, materiais especiais e tratamento odontológico, que estava prevista no Estatuto do plano de saúde.
Segundo Ricardo Ayache, presidente da Cassems, a decisão da Assembleia reflete a importância da coletividade e o comprometimento dos beneficiários titulares com a assistência à saúde de aproximadamente 217 mil vidas. Ayache destacou que essa discussão vai além da questão financeira, envolvendo a garantia de acesso a tratamentos de qualidade e terapias que exigem o uso de OPMEs (Órtese, Prótese e Materiais Especiais). Para ele, os servidores públicos são a essência e a razão de existência da Cassems, e a nova contribuição é fundamental para assegurar a continuidade do plano.
Antes da mudança no modelo de contribuição, os beneficiários do plano pagariam 20% de coparticipação nos procedimentos que envolviam órtese e prótese. Com a implementação da contribuição fixa, a Cassems busca lidar com uma dívida acumulada de R$ 28,6 milhões de órtese e prótese, que atualmente é parcelada até o ano de 2051.
De acordo com a assessoria de imprensa da Cassems, mesmo com a alteração, o valor médio da mensalidade do plano continua em torno de R$ 362,00, o que representa um valor abaixo do praticado por outras operadoras de saúde de qualidade e porte similares. Algumas dessas operadoras cobram valores que variam entre R$ 550 e R$ 1 mil por beneficiário.
Para avaliar os impactos do novo modelo de contribuição, será realizada uma nova Assembleia dentro de um ano, na qual serão apresentados estudos de resultados e discutida a possibilidade de estabelecer um piso de contribuição, atendendo a uma reivindicação dos próprios beneficiários.