Pela primeira vez em 400 anos de existência, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, viu uma brasileira conquistar a maior média de notas em sua turma — e com destaque. A goiana Sarah Aguiar Monteiro Borges, formada em Psicologia, alcançou a mais alta média geral entre os 1.960 formandos de 94 países da turma de 2025, recebendo a prestigiosa distinção summa cum laude e o Sophia Freund Prize.
Além de ser um feito inédito para o Brasil e toda a América Latina, Sarah recebeu oficialmente pela universidade um prêmio em dinheiro de US$ 1.000 — honraria conferida aos 54 estudantes com maior excelência acadêmica.
Originária de Goiânia e bolsista integral de Harvard, Sarah destacou-se também pela relevância de sua pesquisa científica. Sua tese investigou como o estigma em torno da saúde mental afeta jovens vulneráveis no Brasil, buscando estratégias escaláveis, baseadas em evidências, para ampliar o acesso ao suporte psicológico.
O impacto do seu trabalho já ultrapassou fronteiras: a renomada organização Gates Cambridge, ligada à Universidade de Cambridge, no Reino Unido, publicou um perfil da pesquisadora, enaltecendo seu comprometimento em transformar a saúde mental infantil em políticas públicas eficazes.
Sarah fará doutorado em Psiquiatria na Universidade de Cambridge a partir do segundo semestre de 2025, com bolsa integral Gates, mantendo o foco na promoção de sistemas de atendimento à saúde mental de jovens em risco.
Em suas próprias palavras à Gates Cambridge:
“Meu objetivo é ajudar a construir sistemas que realmente funcionem para crianças em risco”, afirmou Sarah à fundação.".
Refletindo sobre sua trajetória, ela afirmou:
“Meu eu de 17 anos, que sequer tinha escrito uma redação em inglês, jamais imaginaria um dia se formar em Harvard com a maior nota da turma.”.
Além de sua excelência acadêmica, Sarah foi a primeira mulher brasileira a presidir a Harvard Association for Democracy in the Americas (Hacia Democracy), organizando eventos importantes como o Summit of the Americas. Ela também foi selecionada para a sociedade de honra acadêmica Phi Beta Kappa — reconhecida por celebrar apenas cerca de 10% dos melhores alunos intelectualmente dedicados.
Em suas reflexões públicas, Sarah destacou a importância do apoio coletivo:
“[Não é possível só com mérito individual]”, disse, apontando que seu sucesso também foi resultado de “apoiadores, mentores e oportunidades que surgiram no caminho”.
Por que isso é relevante?
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Marco histórico: Sarah é a primeira brasileira e primeira latino-americana a receber a maior nota da turma em Harvard desde o início do prêmio em 1964.
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Impacto social: Sua pesquisa visa transformar a forma como se oferece saúde mental a jovens vulneráveis no Brasil.
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Continuidade da excelência: Ganhou bolsa de doutorado Gates Cambridge, fortalecendo sua missão de criar mudanças reais e eficazes em políticas públicas.