A produção dos campos brasileiros representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os produtos e serviços produzidos no país. Salto que impulsiona indústrias de alimentos. Com a pesquisa e a inovação como adubo, a produção do setor primário da economia cresce que nem mato.
Que solo fértil para agropecuária! Do grão ao balcão. Da fruta ao molho. Da roça à metrópole. Com mais inovação e logística fortalecida, o crescimento é uma trilha para toda a economia.
A análise do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o PIB do Brasil cresceu 1,9% nos três primeiros meses de 2023. O Instituto leva em consideração números comparados com os registrados nos três últimos meses do ano passado, divulgados nesta semana. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,6 trilhões no trimestre, sendo R$ 2,2 trilhões referentes ao VA (Valor Adicionado) a preços básicos e R$ 317,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Se comparados com dados do primeiro trimestre de 2022, o aumento foi de 4%. De acordo com o balanço, um dos setores com maior contribuição para o resultado positivo foi o da agropecuária, muito forte em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O setor registrou alta de 21,6%, no período, o melhor em 28 anos. O superávit na balança comercial sul-mato-grossense no período alcançou US$ 1,251 bilhão, valor 3,76% superior ao verificado no primeiro trimestre de 2022.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelas redes sociais, celebrou os resultados e ressaltou que os números “comprovam que o país está melhorando”.
O Banco Central projeta que todas as riquezas brasileiras cresçam 1,23% até o fim deste ano. Já o governo federal aponta uma média de 1,9% para os 12 meses de 2023.
Mato Grosso do Sul - Um estudo realizado em 2021 e divulgado pela Associação Rede ILPF constatou que Mato Grosso do Sul é o estado com maior área destinada aos sistemas integrados na produção agropecuária. São mais de 3,1 milhões de hectares com Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em diferentes configurações, mesclando dois ou três componentes de cultura no sistema produtivo.
Os benefícios da integração incluem melhorias ambientais, sociais e econômicas como conservação de solo; aumento da biodiversidade; mitigação de Gases do Efeito Estufa (GEE); bem-estar animal; geração de empregos diretos e indiretos; diversificação de renda para pequenos, médios e grandes produtores; estímulo à qualificação profissional e estudo; maior eficiência de uso de recursos naturais; aumento da produtividade; agregação de valor; redução de custos com insumos; entre outros.
Em 2021, Mato Grosso do Sul foi o terceiro estado com maior porcentagem de participação em sistemas de integração, em área de uso agropecuário com 16,25%, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul com 31,17% e Santa Catarina com 28,87%. A integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é um sistema de produção que converge a mesma área para produção de duas ou mais culturas, como lavoura de grãos com criação de animais e até mesmo florestas plantadas.
A evolução do setor contribuiu diretamente para o crescimento da região. Desde sua criação, em 1977, por estar localizado em território fértil, Mato Grosso do Sul sempre se destacou pelo potencial agrícola. Nesses mais de 45 anos de história, foi um dos setores mais alavancados, possibilitando que saísse de importador para uma das unidades da Federação que mais exportam mercadorias.