O bolso do consumidor campo-grandense voltou a sentir o impacto da inflação dos alimentos em março. Após queda em fevereiro, o valor da cesta básica subiu novamente e colocou Campo Grande na 5ª posição entre as capitais com os maiores preços do país, segundo o levantamento mensal do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O aumento foi de 1,89% em comparação ao mês anterior. Isso significa que os trabalhadores da capital precisaram dedicar 56,16% do salário mínimo apenas para adquirir os itens básicos de alimentação — um percentual maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
A alta no preço do tomate, que disparou 27,80%, puxou o reajuste para cima. Outros produtos como o café em pó (6,79%) e a banana (2,45%) também contribuíram para o encarecimento da cesta. Já itens como batata (-6,77%), arroz (-3,22%) e açúcar (-2,66%) registraram queda, amenizando parcialmente o impacto.
Com o novo valor, a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta subiu para 114 horas e 17 minutos — duas horas a mais que no mês anterior. Mesmo com variações negativas em alguns produtos, o acumulado dos últimos 12 meses ainda revela uma tendência de alta nos alimentos básicos.