O Ibovespa registrou um novo recorde nesta quarta-feira (5), ultrapassando pela primeira vez o patamar dos 152 mil pontos. O movimento de alta foi sustentado principalmente pelos papéis da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), em um dia marcado pela divulgação de resultados corporativos e pela expectativa quanto à decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom).
Por volta das 12h45, o principal índice da Bolsa brasileira avançava 1,12%, atingindo 152.395 pontos, após chegar à máxima de 152.582 pontos no início da tarde. O volume financeiro do pregão somava R$ 6,84 bilhões.
Segundo o analista técnico Gilberto Coelho, da XP Investimentos, o Ibovespa mantém uma tendência de alta sustentada pelas médias de 21 e 200 dias. “Enquanto permanecer acima dos 151 mil pontos, o índice pode buscar projeções em 152.400 ou até 157 mil”, explicou. Ele destacou, porém, que uma perda do nível de 149.700 pontos poderia indicar movimento de correção, com possíveis suportes em 145 mil e 140 mil.
Expectativa pelo Copom
O mercado aguarda o desfecho da reunião do Copom, que deve anunciar sua decisão sobre a taxa Selic após o fechamento do pregão. A expectativa majoritária é de manutenção dos juros em 15% ao ano. Investidores, no entanto, observam atentamente o tom do comunicado, que pode sinalizar os próximos passos da política monetária.
De acordo com analistas do Citi, qualquer alteração na linguagem usada pelo Banco Central pode indicar se a autoridade monetária tende a adotar uma postura mais dura (hawkish) ou mais branda (dovish) frente às pressões inflacionárias.
Desempenho das ações
Entre os destaques do dia, as ações da Vale subiam 1,15%, mesmo com o recuo de 0,26% nos contratos futuros de minério de ferro na China. A Petrobras avançava 1,36%, contrariando a queda do petróleo no mercado internacional.
No setor financeiro, Itaú Unibanco recuava 1,33% após divulgar lucro líquido de R$ 11,9 bilhões no terceiro trimestre, enquanto Bradesco (+1,52%), BTG Pactual (+1,9%), Banco do Brasil (+0,76%) e Santander Brasil (+1,01%) registravam ganhos.
Outros papéis também chamaram atenção: C&A Modas disparava 8,2% após reportar lucro líquido de R$ 69,5 milhões; GPA subia 4,49% com resultado positivo e plano de redução de custos; e PRIO avançava 1,14% com lucro líquido de US$ 64 milhões.
Já entre as quedas, CSN recuava 3,72%, mesmo após divulgar Ebitda de R$ 3,3 bilhões, enquanto CSN Mineração (-2,35%) e Usiminas (-2%) também operavam em baixa. Fora do índice, Kepler Weber disparava 6,7% após receber proposta de combinação de negócios da A-AG Holdco.









