Após um crescimento de 3,4% em 2024, a economia brasileira enfrenta perspectivas menos otimistas para 2025. Especialistas preveem uma desaceleração ao longo do ano, impulsionada pela elevação da taxa básica de juros e pelo aumento das incertezas no cenário internacional.
A expectativa é que a Selic atinja 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas, encarecendo o crédito e desestimulando o consumo e os investimentos. Setores como indústria e serviços tendem a sentir os impactos dessa política monetária mais restritiva, refletindo diretamente no ritmo da atividade econômica.
Além disso, o governo deve reduzir os estímulos fiscais, o que pode enfraquecer ainda mais o crescimento da demanda interna. No cenário externo, as políticas econômicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trazem preocupações adicionais, podendo afetar o comércio global e gerar reflexos na economia brasileira.
Apesar desse panorama, o agronegócio deve sustentar parte do crescimento no início do ano, com uma boa previsão de safra. O setor de serviços também pode se beneficiar da resiliência do mercado de trabalho nos primeiros meses. No entanto, analistas alertam que o impacto da política monetária deve se tornar mais evidente no segundo semestre, consolidando a desaceleração econômica prevista para 2025.