sexta, 13 dezembro 2024

Economia

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Dólar dispara para R$ 6,11; mercado reage a medidas fiscais e dados de emrego

Atualizado: há 1 semana

Redação

O dólar iniciou o último pregão de novembro em forte alta, superando pela primeira vez a marca de R$ 6,00, e atingindo R$ 6,11 por volta das 10h30. A disparada da moeda americana está diretamente ligada ao cenário fiscal brasileiro, com os investidores digerindo os anúncios do governo sobre cortes de gastos e propostas de isenção do Imposto de Renda, que geraram incertezas sobre o futuro fiscal do país.

Na véspera, o dólar já havia registrado uma alta de 1,30%, fechando a R$ 5,9891, acumulando uma valorização de 3,02% na semana e 3,59% no mês. No acumulado de 2024, o dólar já sobe mais de 23%. A maior pressão sobre a moeda americana vem dos detalhes do pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que propõe um corte de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. Apesar de as medidas de contenção de despesas serem vistas com bons olhos, o anúncio de isenção de Imposto de Renda para pessoas com rendimentos de até R$ 5.000 gerou preocupações sobre o impacto fiscal, especialmente com a promessa de compensar essa isenção por meio de uma taxação maior sobre os mais ricos.

Além disso, o mercado reagiu também aos dados de emprego divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível desde o início da série histórica da PNAD Contínua. No entanto, o impacto positivo dos dados não foi suficiente para evitar que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrasse uma queda de 2,40% na véspera. O índice continuou em baixa nesta manhã, refletindo o ambiente de incertezas fiscais.

O anúncio do pacote de cortes de R$ 70 bilhões e da isenção do IR gerou um aumento na percepção de risco fiscal entre os investidores, que temem que a medida não seja suficiente para equilibrar as contas públicas sem comprometer a sustentabilidade fiscal a longo prazo. As movimentações no câmbio e no mercado acionário indicam que o mercado continuará atento às próximas medidas do governo e à evolução do cenário fiscal nos próximos meses.

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